Não basta sediar os primeiros jogos olímpicos da América do Sul, é preciso fazer bonito em casa. A meta traçada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para a Rio 2016 é colocar o Brasil entre os dez primeiros no quadro de medalhas.
Para isso, os atletas tupiniquins terão que subir ao pódio praticamente o dobro de vezes que conseguiram em Londres, em 2012, quando conquistaram 17 medalhas. Estudo elaborado pelo próprio COB aponta que o Brasil precisa entre 27 e 30 medalhas para ficar entre os dez melhores.
Apesar de o momento não ser dos mais animadores no futebol nacional, garantir o inédito ouro olímpico é outro objetivo. Por isso, o futebol está classificado entre os esportes vitais junto com o vôlei, natação judô e vela. Nestas modalidades, o COB projeta mais de uma medalha.
"Os atletas brasileiros hoje têm a possibilidade de preparação como os melhores do mundo, ciência do esporte, local de treinamento, número de viagens de intercâmbio, de competições, equipamentos de última geração. Ou seja, o Brasil chegou ao padrão de Top 10. Falta agora chegar ao resultado. É para isso que estamos trabalhando", aponta o diretor executivo do COB, Marcus Vinícius Freire.
Além dos vitais, o comitê dividiu os esportes em potenciais, contribuintes e os de legado. Os potenciais são aqueles que devem garantir pelo menos uma medalha. Os contribuintes, que apesar de não serem certeza de pódio, têm uma boa possibilidade de medalhas. Já naqueles classificados como legado, o COB visa muito mais o desenvolvimento para que o país tenha chance a partir dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.
Assim como o futebol, o vôlei masculino e feminino, o handebol feminino, os nadadores Cesar Cielo e Thiago Pereira, ambos do Minas Tênis Clube, a canoagem com Isaquias Queiroz, ginástica artística com Arthur Zanetti, o judô com Rafael Silva, o Baby, e Mayra Aguiar são as maiores esperanças de medalhas brasileiras.
Apesar de o desempenho no Pan de Toronto, no Canadá, disputado em julho ter ficado abaixo do esperado, o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, não vê motivo para alarde: "No Pan existe uma concentração de países na briga pelo topo. Na Olimpíada são mais na disputa".
Previsões
SOBRE AS OLIMPÍADAS E O FUTEBOL MINEIRO
"Os três mineiros (América, Atlético e Cruzeiro) ficarão entre os melhores no Campeonato Brasileiro, mas nenhum vence. Na Libertadores, o Atlético faz uma boa campanha, mas também não leva. E o Cruzeiro, que não teve um ano tão bom, repete a mesma coisa, infelizmente. Não vejo vencer. Sobre a Olimpíada, vejo atletas que irão se sair muito bem, mas vamos ter problemas na recepção, pequenos problemas burocráticos e no quadro geral não ficaremos bem".
Maria José Lima
Taróloga, sensitiva e filósofa
"O Rio de Janeiro é signo de peixes, adorável, simpático com o turista, tem essa energia. Então a gente espera uma colocação bacana. Nesse ponto de vista, o Brasil faz bem feito, mesmo com roubalheira a gente imagina que a Copa, os escândalos da Fifa, foram um aviso para esse próximo evento. E aí a gente tende a ter um evento bacana, sólido, estruturado e com bons resultados para o Brasil".
Jacqueline Cordeiro
Astróloga e escritora, autora do site esoterissima.com.br
Esperança de dias melhores
O ano de 2016, que pode consolidar a moralização do futebol mundial, vai começar com o Brasil em destaque no cenário internacional. Dia 11 de janeiro, a Fifa vai indicar o melhor jogador de 2015. Mesmo que não leve a Bola de Ouro, Neymar, que concorre com Messi e Cristiano Ronaldo, quebra o jejum que durava desde 2007. Naquele ano, Kaká foi o último finalista brasileiro. Após um ano de escândalos de corrupção, a Fifa elege seu novo presidente em 26 de fevereiro.
Já no futebol brasileiro, o programa de refinanciamento das dívidas (Profut), que em contrapartida cobra uma série de ações dos clubes, é a esperança de administrações mais transparentes.
A Copa América do Centenário, nos EUA, é a chance de o Brasil apagar o vexame da edição passada e conquistar o título que não vem desde 2007.