Os Jogos Pan-Americanos de 2015 serão diferentes para o Brasil. Sede da Olimpíada do Rio de Janeiro no próximo ano, o País chegará a Toronto sem a responsabilidade de garantir presença de atletas nos Jogos Olímpicos – apenas o hóquei na grama masculino não tem vaga confirmada e luta para poder representar o Brasil em 2016. Em entrevista exclusiva ao Terra no Canadá, o superintendente do COB, Marcus Vinícius Freire, disse que todo o planejamento foi feito com o pensamento no próximo ano. Inclusive há a possibilidade de queda de medalhas em Toronto.
Tanto este Pan é diferente que muitas confederações sequer mandaram times principais. São os casos da natação, que não contará com Cesar Cielo, maior estrela da franquia. O vôlei masculino é outro caso emblemático: a equipe no Pan será composta exclusivamente por jovens promessas do esporte no Brasil. A situação não se repete em todos os esportes , mas pode causar uma ligeira variação no número de medalhas do Brasil – nos últimos dois Pans, foram mais de 140 medalhas.
"Pode diminuir o número de medalhas porque não precisa dos times principais. O Cielo, por exemplo, não está aqui. A nossa preocupação não é ganhar medalha aqui. Elas vão acontecer, vamos brigar pela terceira posição com Canadá e Cuba, mas não é o objetivo. O nosso principal objetivo desde 2009 é ser top 10 em 2016. Se é melhor para a gente não trazer time principal, não vamos trazer. Foi essa a estratégia que a gente fez, conversamos com cada confederação, cada treinador, e escolhemos o que é melhor para o Brasil em 2016", afirmou Marcus Vinícius.