A troca do armador e capitão Zeba, de 31 anos, por Toledo, de 21, sinaliza que a seleção brasileira masculina de handebol passa por uma renovação. Essa foi uma das alterações que o técnico Jordi Ribera fez para a partida contra a Espanha e que deve ser repetida diante da Bielo-Rússia, nesta segunda-feira, às 11h (do Recife), em jogo decisivo pelo Campeonato Mundial, no Catar. O treinador ainda disse que espera um jogo complicado contra os bielo-russos, que configuram uma equipe com bons atletas e com sistema defensivo forte.
Na prática, com jogadores como Toledo, João e Patrianova, a seleção nacional, que tem média de idade de 26 anos, fica ainda mais jovem. O capitão Zeba tem 10 anos de seleção brasileira e disputa o seu quinto Mundial. Toledo, por sua vez, faz sua estreia na competição, assim como o central João Pedro, de 20 anos – os jovens jogadores, porém, já atuam fora do País, no handebol da Espanha.
"Zeba é um jogador emblemático na seleção e em seu clube, mas chegou ao Mundial se recuperando de cirurgia que fez em novembro. E é bom que tenhamos um substituto à altura. Jogadores que estão prontos para entrar e isso é algo natural no esporte", argumentou o técnico espanhol Jordi Ribera.
Além da nova postura da equipe, as alterações que ele propôs deram certo na partida diante da Espanha, apesar da derrota por 29x27. O Brasil chegou a ficar na frente no placar e teve chance de vencer a seleção campeã do mundo.
No entanto, o problema é que a seleção reúne dois resultados negativos em duas rodadas disputadas – contra Espanha e a seleção anfitriã. Para continuar vivo na competição, o Brasil precisa vencer a Bielo-Rússia para reunir boas chances de se classificar às oitavas de final. "Mais que um peso, vencer esse jogo é nossa realidade", afirmou Ribera, que acrescentou. "Foi boa a sensação diante da Espanha, mas isso não somamos pontos. Estamos com zero e precisamos pontuar" concluiu.