Caso queira se classificar pela primeira vez às quartas de final de um Mundial, o Brasil terá que passar pela altíssima e talentosa equipe da Croácia. A seleção europeia tem a segunda maior média de altura do Mundial do Catar: 1,94m, atrás apenas do 1,95m de Alemanha e Polônia. E mais, os croatas contam com o maior atleta do torneio: Marko Kopljar, de 2,10m. Não fosse isso o suficiente, o atual melhor do mundo é o croata Domagoj Duvnjak (1,97m), e o baixinho Ivan Cupic, de 1,78m, é um dos principais artilheiros da competição, com 28 gols.
É contra esse "paredão" habilidoso que a seleção brasileira disputa as oitavas de final, neste domingo, às 16h (de Brasília), no Al Sadd Hall, em Doha.
Os jogadores da seleção brasileira já sabem o que fazer para encarar a alta equipe croata. Os europeus possuem no elenco seis atletas de dois metros de altura ou mais. Além de Marko Kopljar, eles também contam com Jakov Gojun (2,04m), Luka Stepancic e Igor Vori (2,03m), Mirko Alilovic e Zeljko Musa (2,00m). O Brasil só tem o goleiro Rick (2,00m). Por isso Thiagus (1,98m), o segundo jogador mais alto da seleção, explica que a velocidade precisa ser uma arma da equipe.
- Precisamos ser mais velozes contra altura. Alguns jogadores deles têm mais de dois metros, mas contra isso temos que ter velocidade. Assim achamos os espaços. Temos que jogar bastante no chão, que é mais difícil, e cansá-los na defesa. Atacar bem vai ser a chave para o jogo. No handebol sempre há uma brecha para vencer uma defesa alta, mas é preciso saber encontrar esse espaço no momento certo.
A paciência no ataque também é uma aposta da seleção, sobretudo para cansar os adversários. De tanta gana que o Brasil está para vencer os croatas, Zé até se deixa exagerar nos comentários antes da partida.
- A gente vai ter que movimentar muito a bola. O que o Jordi falou no treino é de nos movimentarmos, fazer eles se cansarem. São mais altos, acabam tendo o deslocamento maior que o nosso. A gente vai trabalhar em cima disso e ter mais paciência, jogar um pouco mais rápido, movimentar perna no ataque e na defesa. E na defesa é fechar os dois olhos e dar no peito dos caras (risos) - brincou.