Um dos grande nomes do esporte olímpico brasileiro, Rodrigo Pessoa está animado com os Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, quando pretende chegar a sua sétima Olimpíada, um recorde de participação para um atleta do país. Independentemente da conquista de mais uma medalha no hipismo, o atleta sabe que tem tudo para viver um momento único, que pode até virar despedida. O cavaleiro de 41 anos contou que pretende aproveitar o momento para fazer uma análise de carreira e admitiu que pensa em parar depois, descartando ir tão longe quanto o canadense Ian Millar, que compete em alto nível aos 67 anos
- São 25 anos de carreira agora, não tomei a decisão ainda 100%, mas acho que depois da Olimpíada vai ser o tempo de parar para refletir um pouco, ver onde vou estar, o que vou querer fazer, nada mais do que tomar o tempo e refletir o momento, talvez para continuar um pouco ou para tomar outras direções - afirmou.
Medalhista de ouro em Atenas-2004, Rodrigo Pessoa participou também dos Jogos de Barcelona-1992, Atlanta-1996, Sidney-2000, Pequim-2008 e Londres-2012. Antes de conseguir a tão sonhada medalha individual, foi bronze por equipes em 1996 e 2000.
Participar do evento no Brasil terá um sabor especial para o atleta, que nasceu na França, mas escolheu competir pelo Brasil, onde seu pai Nelson Pessoa nasceu e iniciou a história da família no hipismo. Neco, como é conhecido, é natural do Rio de Janeiro e se tornou um dos maiores cavaleiros do mundo.
- Vai ser uma grande emoção poder participar de uma Olimpíada na minha cidade porque somos do Rio. Poder participar de um Olimpíada em casa é muito especial. Isso vai ser um fator emocionante e de pressão muito alto, mas a gente vai tentar se preparar da melhor forma possível e ter uma equipe competitiva para poder fazer um bom papel em casa que é o mais importante - afirmou.
O exemplo do pai como cavaleiro e treinador, inspiração para Rodrigo Pessoa, conduz a história contada pelo atleta no livro "Você será cavaleiro, meu filho", lançado na última quarta-feira, no Rio de Janeiro, com a presença do pai. A biografia foi escrita pela francesa Sabrine Delaveu.
- Uma amiga minha, filha de um cavaleiro francês, me contatou perguntando se não queria escrever um livro, que seria uma pena não deixar escrita minha história. E não podia contar minha história sem contar a do meu pai também. O início é um pouquinho da história dele, como ele saiu do Brasil, chegou na Europa, e depois conta meu início da carreira até agora - contou, afirmando que seguir a trajetória do pai foi uma das grandes motivações para buscar as conquistas no hipismo.