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A Regata Internacional de Vela começou no último domingo e vai até o próximo sábado, na Baía de Guanabara. Com 324 atletas (30 brasileiros)de 34 países, cerca de 215 barcos das dez classes olímpicas vão se dividir nas cinco raias determinadas pela Federação Internacional de Vela (ISAF) em conjunto com o Comitê Rio-2016 durante os dias de disputa.
A competição é o primeiro dos 45 eventos-teste que serão realizados até os Jogos Olímpicos (de 5 a 21 de agosto de 2016) e Paralímpicos (de 7 a 18 de setembro), e o único deste ano. Destes, trinta e três serão para esportes olímpicos, seis exclusivamente para esportes paralímpicos e outros seis contendo tanto competições olímpicas quanto paralímpicas.
A vela é o único esporte que terá dois testes antes do megaevento de 2016. As raias também estão sendo avaliadas e, só depois das regatas de 2015, serão definidas.
— Para os atletas, é fundamental competir no local dos Jogos duas vezes porque a vela tem muitas especificidades, depende do clima, dos ventos. Quanto mais eles conhecerem a Baía, melhor. Para a gente, é um teste dos fornecedores de estrutura temporária, do serviço de alimentação para as pessoas que estão trabalhando no evento, além das áreas de competição. É óbvio que, se percebermos que alguma raia não funciona, temos uma sexta opção, mas não acredito que será necessário — diz Rodrigo Garcia, diretor de esportes do Comitê Rio-2016.
— Esse evento é importante para dar confiança. O resultado pode não ter tanta importância, mas, por mais que eu já tenha feito muita coisa no passado, velejar bem na raia olímpica é uma oportunidade de reforçar que estou forte, na briga — afirma o bicampeão olímpico e 12 vezes campeão mundial Robert Scheidt, que disputará sua quarta Olimpíadas na classe Laser.
competições em instalações inacabadas
Depois do evento-teste de vela, o Rio só voltará a receber torneios preparatórios para os Jogos a partir do ano que vem. Os outros 44 serão divididos em três períodos: entre julho e outubro de 2015, de novembro de 2015 a janeiro de 2016 e entre março e maio de 2016, em datas ainda a serem definidas. Na primeira etapa, serão realizadas as competições de esportes ao ar livre — a intenção é que sejam disputados no mesmo período do ano em que acontecerão os Jogos, e em condições climáticas semelhantes. No período mais quente, as disputadas em locais fechados, como judô, handebol, basquete e boxe.
O primeiro teste de 2015 vai ser a maratona, em julho. Em agosto, mais sete esportes serão avaliados: remo, hipismo, a vela novamente, ciclismo estrada, marcha atlética, maratonas aquáticas e golfe. Setembro será a vez da canoagem de velocidade, triatlo e tiro com arco; e, outubro, ciclismo BMX, vôlei e Mountain Bike. Na segunda fase dos eventos, a previsão é que sejam realizadas competições em 14 modalidades; e, na terceira, 16, entre elas, as considerados de maior complexidade, como o atletismo e a natação olímpicos e paralímpicos. Diretor-executivo de Esportes e Integração Paralímpica do Comitê Rio-2016, Agberto Guimarães, reconheceu, ontem, que alguns testes poderão ser realizados em estruturas inacabadas:
— É possível fazer um evento sem ter prontos todos os lugares das arquibancadas, por exemplo. Porque o equipamento esportivo vai estar concluído e eu posso não precisar de toda estrutura.
Os eventos-teste, explica Rodrigo Garcia, são parte do planejamento para as Olimpíadas e vão variar de acordo com o objetivo do Comitê Rio-2016 para cada esporte. Isso significa que, em algumas modalidades, ele pode ter uma grande estrutura, como o caso da vela e do remo, que usará o Mundial Júnior — previsto para agosto de 2015, na Lagoa Rodrigo de Freitas —, assim como fizeram Pequim, em 2007, e Londres, em 2011.
— No remo, vamos testar a área de competição e a logística no transporte dos barcos, transporte e alimentação dos atletas. Também conseguiremos testar a venda de ingressos, a acomodação do público — conta ele.
O vôlei é outro esporte que poderá ter um evento de grande porte no ano que vem, que serviria como evento-teste. Técnico da seleção feminina, José Roberto Guimarães já manifestou seu desejo de ver sua equipe em uma fase final de Grand Prix ou Copa do Mundo em casa. A vontade de trazer o Grand Prix este ano para o Rio não foi possível (a etapa final será novamente no Japão), mas ele ainda sonha com a Copa do Mundo em 2015. De acordo com Garcia, já existe uma conversa com a CBV sobre o assunto. Neste caso, o Rio-2016 assumiria a organização. O piso do ginásio seria o mesmo que vai ser usado nas Olimpíadas, assim como as bolas.
Já no basquete e no handebol, a ideia é realizar torneios pequenos, com apenas quatro equipes. O basquete, por exemplo, será no Hall Olímpico 1, que vai ser construído no Parque Olímpico da Barra. Segundo o diretor de esportes do Comitê, a instalação não precisará estar completamente pronta para receber o evento.
O Rio é a sede olímpica com mais eventos-teste programados da história, com três a mais do que as últimas duas edições dos Jogos, em Pequim-2008 e Londres-2012, que realizaram 42 competições antes de o megaevento começar.
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