Carlos Arthur Nuzman preside o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) desde 1995, mas nesta segunda-feira lembrou seus tempos de atleta. A dois anos dos Jogos do Rio de Janeiro-2016, período que considera delicado, o dirigente se disse ansioso e pediu colaboração dos principais envolvidos na organização.
"Tenho a adrenalina de um atleta em final olímpica, talvez por já ter participado dos Jogos", afirmou Nuzman, que esteve em Tóquio-1964 com a Seleção de vôlei, mas não alcançou a decisão. "Eu gosto dessa adrenalina. Prefiro viver com ela. Ajuda a ficar mais atento, em condição de olhar as coisas e participar", declarou.
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro está marcada para o dia 5 de agosto de 2016. De acordo com o ex-jogador de vôlei, que também preside o Comitê Organizador do evento, o período é o mais delicado ao longo de todo o ciclo.
"Na curva até as Olimpíadas, o momento mais difícil é agora mesmo. Estamos conscientes disso. Já sabíamos que seria assim, é natural. Chega um momento em que todo o mundo quer ver as coisas físicas. Algumas já estão em andamento e outros detalhes vão ser resolvidos em breve", declarou.
De acordo com o Comitê Organizador, 55% das instalações esportivas estão prontas e todos os projetos de infraestrutura já entraram em curso. O orçamento total dos Jogos, garante o prefeito Eduardo Paes, é de R$ 37,6 bilhões, dos quais 57% vêm do setor privado.
Nesta segunda-feira, Nuzman encontrou o prefeito Eduardo Paes, o governador Luiz Fernando Pezão e Luis Fernandes, secretário executivo do Ministério do Esporte, além do general Fernando Azevedo e Silva, presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), órgão destinado a coordenar a participação das três esferas de governo.
A dois anos da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, entre representantes dos governos federal, estadual e municipal, Carlos Arthur Nuzman pediu repetidas vezes a colaboração de todos no sentido de organizar a competição de maneira bem-sucedida.
"Ninguém faz nada sozinho. Tenho orgulho de poder estar ao lado dos três governos. Eu me policio muito em relação a isso: nós organizamos os Jogos, e não eu. Todos querem proporcionar o melhor para suas organizações, mas vamos juntar forças e fazer a nossa parte", afirmou.