Quando subiram ao pódio após cinco anos de separação, um filme passou na cabeça de Ricardo e Emanuel. Foram muitas glórias ao longo dos sete anos em que estiveram juntos, sendo a maior delas a única medalha de ouro do vôlei de praia brasileiro em Olimpíadas, em Atenas 2004. Dez anos depois, eles reeditaram a vitoriosa parceria com o título na primeira etapa do Circuito Brasileiro 2014/2015, em Vitória. A estreia teve um sabor amargo, mas duas lendas se reinventaram, foram ganhando ritmo de jogo e criando uma química que tem tudo para dar certo no futuro. É como em um casamento, em que os dois precisam superar altos e baixos em busca da sintonia ideal. Foi assim, subindo degrau por degrau, que eles chegaram ao topo. Após marcar o ponto do título, Emanuel abraçou o velho e novo parceiro e disse: : "Pô, meu amigo, mais uma: 63! Estamos em um caminho bom, né?".
- Passou um filme, lembrei das conquistas e disse isso a ele, que respondeu assim: "Vamos construir ainda mais coisas juntos". É nisso que eu acredito. Eu e o Ricardo temos muita confiança um no outro e maturidade para perceber que precisamos corrigir algumas coisas, como o levantamento. Mas o que foi mais difícil no caminho rumo ao ouro foi lidar com a pressão. Pressão por ser uma dupla vitoriosa, que construiu uma linda história. E poderia ter dado tudo errado. Poderíamos chegar aqui e ter ficado em último lugar, deixando as pessoas decepcionadas conosco. Existe uma cobrança dos que gostam de nós. A gente superou isso, e o sentimento de realização aumenta ainda mais a minha felicidade. Mas este é apenas o começo, ainda tem muito trabalho até 2016 - disse Emanuel.