Jogos Olímpicos
Nove estádios da Copa 2014 ainda estão na prancheta
A Copa de 2014 foi lançada oficialmente na quinta-feira passada (8), em evento midiático que reuniu autoridades e ex-craques da bola em Johanesburgo. Mas passados dois anos e oito meses da escolha do Brasil como país-sede do Mundial, a maioria dos estádios, os principais palcos do evento, continua no papel.
DivulgaçãoArena das Dunas ainda não tem previsão de quando ficará pronta
Obras, de fato, apenas em três das 12 cidades-sede. Cuiabá e Manaus começaram a demolição dos antigos estádios. As intervenções no Mineirão, em Belo Horizonte, tiveram início em janeiro.
A situação de São Paulo foi a que mais se deteriorou desde 31 de maio - terceiro prazo da Fifa para o início das obras. A capital paulista teve o Morumbi vetado pelo Comitê Organizador Local (COL) e ainda não definiu outro estádio.
Curitiba enfrenta impasse semelhante. A capital paranaense também pretende usar um estádio privado, mas autoridades locais e dirigentes do Atlético-PR não se entendem quanto ao modelo de financiamento das obras. Em Porto Alegre, o Internacional adia as principais intervenções no Beira-Rio.
Das sedes com estádios públicos, Natal e Fortaleza são as retardatárias. Em férias, os deputados do Rio Grande do Norte não votaram Projeto de Lei que permite o lançamento do edital. Por sua vez, o governo cearense enfrenta denúncias de fraude e corrupção no processo licitatório do estádio Castelão.
Salvador foi a cidade que saiu na frente na definição da empresa que reconstruirá a Fonte Nova. Mas desde então vem sofrendo reveses na Justiça que questionam a condução do processo licitatório. O governo toca obras secundárias, mas o Ministério Público impediu os repasses do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Depois de seguidos atrasos, Rio de Janeiro e Brasília conseguiram lançar seus editais. A capital definiu semana passada a empresa que construirá o Estádio Nacional. Os cariocas, que receberão a final, prometem divulgar na quinta-feira (15) as propostas financeiras para a reforma do Maracanã, o estádio mais caro da Copa.
Natal
Previsto para ser lançado no último dia 30 de junho, o edital da Parceria Público-Privada do Estádio das Dunas aguarda a aprovação de um Projeto de Lei (PL) estadual que autoriza a criação de um Fundo Garantidor para as obras. Os deputados estão em recesso. Enquanto isso, o governo começou a terraplanagem do terreno. A previsão é que a obra comece em outubro.
Belo Horizonte
Em janeiro, o estádio Mineirão, de Belo Horizonte, começou as obras de reforço estrutural e correção de patologias necessárias para que o equipamento sedie jogos da Copa em 2014. A segunda fase desta reforma está iniciando agora, com a demolição dos anéis inferiores e o rebaixamento do gramado. Até agosto, as empresas interessadas em participar do projeto por Parceria Público-Privada deverão mandar a documentação exigida, para que tenha prosseguimento a terceira e última etapa das obras que permitirão sua reabertura no final de 2012.
Brasília
A licitação do Estádio Nacional de Brasília ficou quatro meses suspensa pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal, por suspeita de superfaturamento e falta de garantia para as reformas. Em maio foi liberada e, na semana passada, o consórcio Andrade Gutierrez e Via Engenharia foi escolhido para executar a reforma. Concorrente à abertura, o estádio é o segundo mais caro da Copa, com orçamento de R$ 696 milhões.
Cuiabá
Vinte máquinas pesadas trabalham no canteiro de obras do local onde será erguida a Arena Multiuso do Verdão. O lugar onde antes ficava o estádio Governador José Fragelli agora é um imenso canteiro de obras com muita poeira e barulho. A Agência Executora das Obras da Copa do Mundo do Pantanal (Agecopa) afirma que as obras estão dentro do cronograma previsto. Depois da primeira fase de trabalhos, o canteiro de obras agora passa para a etapa da fundações. A previsão é que em até 30 dias serão instaladas as estaca-raíz, estruturas de concreto que servirão de base para a nova construção.
Curitiba
Um acordo para viabilizar as obras de ampliação e reforma da Arena da Baixada está prestes a ser fechado. Para tanto, foi necessária a aceitação do Clube Atlético Paranaense de acatar soluções como o "naming rights" (venda dos direitos de nome do estádio a uma empresa, provavelmente a estatal Copel) e o bônus de potencial construtivo emitidos pela prefeitura.
Fortaleza
Mesmo após o TCE do Ceará ter liberado a licitação para as obras do estádio Castelão, diversas denúncias de irregularidades vieram à tona, e a concorrência está suspensa, graças à medida cautelar impetrada pela Justiça. No momento, aguarda-se que o Pleno do Tribunal de Justiça do Ceará julgue dois agravos internos impetrados pelo estado e pelo Consórcio Arena Multiuso Castelão.
Manaus
Até o final de julho toda a estrutura do antigo estádio Vivaldo Lima já deverá estar demolida. O consórcio contratado para a construção da Arena Amazônia (Andrade Gutierrez) já conclui 80% dos desmanches internos do estádio e recebeu, no dia 9 de julho, a ordem de serviço expedida pela Seinf - Secretaria de Infraestrutura do Estado para começar a demolição. No campo, o gramado foi removido e o trabalho de escavações para rebaixamento do piso em 2 metros já foi iniciado.
Porto Alegre
Até agosto o Inter retomará as obras da cobertura do estádio Beira-Rio. Por enquanto, apenas cinco pilares de sustentação foram fixados em alguns pontos estratégicos para permitir a construção do museu do clube. Segundo a diretoria do clube, o estádio não terá sua cobertura pronta até dezembro de 2012, como quer a Fifa, mas apenas em 2014. O Inter informa que os trabalhos devem recomeçar "em breve" e que tudo está de acordo com o cronograma planejado. O clube enfrenta dificuldades para levantar os R$ 130 milhões necessários para bancar as reformas.
Recife
Previstas para começar em julho, as obras de construção da Arena Capibaribe, em Pernambuco, ainda não deslancharam. O consórcio formado por Odebrecht, ISG (International Stadia Group) e AEG Facilities aguarda a liberação da licença de instalação da CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), que deve sair nos próximos dias. O estádio será erguido em São Lourenço da Mata, a 19 km do centro do Recife, e a negociação com os posseiros instalados no terreno da arena já foi concluída. A próxima etapa será a montagem do canteiro de obras.
Rio de Janeiro
Após meses de indefinições e adiamentos, o edital para a reforma do Maracanã foi lançado em 2 de junho. Mas não sem um salto no orçamento. O palco da final custará R$ 720 milhões - valor 20% maior ao divulgado em janeiro – o que o coloca entre o mais caro da Copa. As principais intervenções serão a reconstrução da arquibancada inferior e a construção da cobertura. O governo estadual pretende fechar o estádio ainda este mês. Com isso, as obras devem começar em agosto.
Salvador
As obras de demolição do estádio Fonte Nova, em Salvador, seguem em ritmo avançado, e já foram ao chão o anel inferior, vestiários e o ginásio de esporte. Mas há suspeitas de irregularidades de parte do TCE e do Ministério Público, que apontam falta de legitimidade em todo o processo, e o cronograma de obras corre risco de sofrer atrasos.
São Paulo
São Paulo é a única sede sem estádio. A queda-de-braço entre a Fifa e o comitê paulista culminou com o veto ao Morumbi no mês passado. Segundo o COL, as garantias financeiras para a reforma não foram apresentadas.
A indefinição da capital paulista é grave. Teixeira e Blatter querem a abertura na cidade, a favorita dos patrocinadores da Copa. Para isso, um estádio para 65 mil pessoas teria que ser construído, o mais provável em Pirituba (zona norte). Mas governo estadual e prefeitura garantem que não colocarão dinheiro público na empreitada.
Se abrir mão do jogo inaugural, São Paulo tem três opções: o Pacaembu reformado, a Arena Palestra e o próprio Morumbi.
* Fonte: Portal Copa 2014.
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