Quando Cesar Cielo pular na piscina do Troféu Maria Lenk, nesta quarta-feira, não estará em jogo apenas mais um título nacional nos 50m livre. A competição brasileira, desta vez, representará a última oportunidade do único nadador campeão olímpico do país garantir a classificação para os Jogos Rio 2016. Ainda que os últimos resultados não pareçam animadores, o atleta do Minas está confiante. Pegar uma das duas vagas disponíveis na prova é questão de honra para o recordista mundial. Bruno Fratus e Ítalo Manzine, no entanto, já fizeram o índice e, por enquanto, são os representantes do Brasil. As eliminatórias no Estádio Aquático do Parque Olímpico começam às 9h30. As finais, com transmissão do SporTV, começam às 17h. O GloboEsporte.com acompanha tudo em tempo real.
Ficou para o último dia da segunda e última seletiva olímpica da natação brasileira a tentativa de classificação de Cesar Cielo. Na primeira oportunidade, o Brasileiro/Open, em dezembro do ano passado, o campeão olímpico de Pequim 2008 não chegou sequer a disputar os 50m livre, sua principal prova. Frustrado com o resultado nos 100m livre, ele deixou a competição precocemente. A missão de buscar a vaga ficou para o Maria Lenk.
- Estou me sentindo muito bem. Estou pronto para nadar bem. É só executar o que eu treinei de uma forma boa e, se Deus quiser, pegar essa vaga – afirmou Cielo, ouro (50m livre) e bronze (100m livre) em Pequim 2008, e bronze em Londres 2012 (50m livre).
O ano de 2015 nem de longe foi como o nadador planejava. Na principal competição da temporada, o Mundial de Kazan, em agosto, uma inflamação no ombro esquerdo atrapalhou seus planos. Depois de ficar em sexto nos 50m borboleta, Cielo foi cortado da seleção por recomendações médicas e não chegou a brigar pelo tetracampeonato mundial dos 50m livre. Os meses seguintes foram de fisioterapia, e o retorno oficial aconteceu no Brasileiro/Open. Mesmo fisicamente recuperado, mais uma vez o campeão olímpico não completou a competição.
Uma mudança em seu treinamento foi a última cartada do nadador em busca da classificação olímpica. Em janeiro deste ano, foi para Phoenix, nos Estados Unidos, para voltar a treinar com o técnico americano Scott Goodrich. De lá para cá, a principal competição que disputou foi o Grand Prix de Orlando, quando fez 22s67 nas eliminatórias e 22s47 na final. A melhor marca dele até agora em 2016, no entanto, foi 22s28, no Meeting de Austin, no início do mês.
No Troféu Maria Lenk, alcançar o índice (22s28) não basta na corrida olímpica dos 50m livre. Bruno Fratus e Ítalo Manzine fizeram 21s50 e 22s08 na primeira seletiva, em dezembro. Então, para ficar com uma das duas vagas, Cielo precisa ao menos fazer 22s07 e torcer para que Manzine não melhore sua própria marca. Para um dos velocistas que mais nadou na casa dos 21s no mundo, a missão, porém, não chega a ser um bicho de sete cabeças. O desempenho nos 100m livre, nesta segunda-feira, terminando em sexto lugar com o tempo de 48s97, também animou o campeão olímpico.
- Acho que a minha saída voltou a ser como era antes. Estou um pouco mais confiante nos primeiros 15 metros. O objetivo é fazer 21s8, acho que isso é o suficiente. Se não for, aí também foge um pouquinho do meu controle. Mas a ideia é nadar para 21s e garantir a vaga - disse Cielo, que abriu mão de disputar o final dos 100m livre na segunda-feira para focar nos 50m livre.
Pelas regras da Federação Internacional de Natação (Fina) teria uma chance de Cesar Cielo participar dos Jogos Olímpicos do Rio, mesmo sem conseguir vaga na prova individual. Apesar de ter apenas o sétimo tempo do país nos 100m livre (48s97), ele poderia ser convocado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) por critérios técnicos para compor o revezamento 4x100m livre como reserva. A entidade, no entanto, avisou que só há chance dele ser chamado para a prova por equipe se garantir a classificação nos 50m livre.
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