A agenda de competições de Arthur Zanetti até as Olimpíadas conta apenas com a participação em uma competição: o evento-teste de ginástica artística, entre 16 e 24 de abril. Se no ano passado ele participou de quatro etapas da Copa do Mundo, dos Jogos Pan-Americanos e do Troféu Brasil antes do Mundial de Glasgow, no ano dos Jogos do Rio de Janeiro, o campeão olímpico mudou a estratégia e vai competir menos. Tudo para se preparar melhor para buscar o bi olímpico das argolas.
- É uma estratégia competir menos, mas tem que competir antes das Olimpíadas. Pelo menos fazer algumas competições. A única certa é o evento-teste por enquanto. Não é esconder o jogo, é saber escolher as competições certas, saber o planejamento. Às vezes uma competição acaba atrapalhando, isso acaba interferindo. A gente está fazendo um planejamento bem certinho e vamos segui-lo bem à risca - disse Zanetti.
Antes dos Jogos, o técnico Marcos Goto irá encaixar outros eventos na preparação do atual campeão olímpico das argolas. Mas, quais serão os torneios, o público e os adversários só saberão mais para frente. Além de amistosos da equipe olímpica (adversários ainda não foram definidos), a Copa do Mundo de São Paulo, entre 20 a 22 de maio, pode entrar no planejamento. No ano passado, Zanetti venceu a disputa no ginásio do Ibirapuera e fez na classificatória a melhor nota de sua carreira no atual código de pontuação (16,050 pontos).
- Não sei dizer se vou fazer a Copa de São Paulo porque o calendário nosso, pelo menos o meu, não está fechado. O que confirmaram para mim é o evento-teste e mais nada - disse o ginasta.
A rigidez na preparação de Zanetti reflete as altas expectativas para conquista de medalha depositadas sobre ele. No ano passado, a cobrança tornou-se ainda maior devido à eliminação ainda na fase classificatória do Mundial de Glasgow - nas edições anteriores do campeonato, o brasileiro havia conquistado ouro e prata, na Antuérpia e em Nanning, respectivamente.
É importante fazer a ressalva de que, durante a preparação para competição na Escócia, Zanetti abriu mão de parte de sua rotina de treinos nas argolas para se aprimorar em outros aparelhos e ajudar o Brasil - com sucesso - a conquistar a inédita classificação masculina por equipes para as Olimpíadas. Ficar fora do pódio, no entanto, aumentou a pressão sobre o campeão.